tag:blogger.com,1999:blog-91351124545781589672024-02-19T00:10:01.416-03:00Shut Up [and Smile]Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.comBlogger250125tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-87654703289559525722016-01-18T04:08:00.002-02:002016-01-18T04:08:43.893-02:00Achei!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando um simples toque se
transforma na mais poderosa corrente elétrica, quando não há pudores, quando cada
dia vivido juntos se torna um agradável aprendizado, quando o cheiro da pele do
outro se torna o melhor perfume já experimentado pelo seu olfato, quando o
momento de sentir um abraço apertado se torna a parte mais esperada do dia,
quando toda a sua admiração e orgulho pelo outro ultrapassam as barreiras do concebível,
quando um olhar paralisa sua respiração, quando a vontade de estar perto é
incontrolável, quando uma marquinha no rosto do outro se torna a coisa mais
graciosa já vista, quando uma sequência de beijos te faz gargalhar de
felicidade, quando o outro faz com que você se sinta o ser humano mais especial
e amado do universo, quando você tem a plena convicção de que nada no mundo
poderá separá-los, então, viva o resto dos seus dias para fazer essa pessoa
feliz, pois você finalmente terá encontrado o seu amor de cinema, a sua alma
gêmea, o seu par perfeito. Eu encontrei.</span><o:p></o:p></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-67688590001902086742015-10-21T00:05:00.000-02:002015-10-21T00:05:00.008-02:00SR+<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma vida controlada pelo Princípio
de Premack: acordar cedo para trabalhar x te encontrar após o expediente; ir à
faculdade x te esperar após as aulas; produzir artigos científicos x ter a sua
admiração; fazer relatórios x dormir ao seu lado. Se não houvesse você como
estímulo reforçador – o de mais alta magnitude, aliás – a vida com certeza
seria apática, insustentável. Se o amor é um comportamento aprendido, selecionado
por suas consequências, estou certa de que as consequências do nosso não
poderiam ser mais positivamente reforçadoras. Só você sabe manipular
contingências com maestria para provocar em mim a maior felicidade que alguém
pode ser capaz de sentir. A propósito, você é minha contingência matricial. Meu
reforço generalizado, minha fonte de dopamina, meu produtor de respostas
galvânicas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Você é tudo o que a ciência admite existir, mas ainda me
deixa incrédula - tamanha a sua perfeição.</span><o:p></o:p></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-28244646703376299102015-08-11T00:42:00.002-03:002015-08-11T00:42:33.731-03:00Sua imensidão, meu mar<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Marinheira
de primeira viagem, eu mal havia aprendido a acertar os nós da vida até você
chegar. Vivia enfrentando tempestades, águas turvas e navios piratas, sem
sucesso. E, se dizem que mar calmo nunca fez bom marinheiro, cá estou pra
provar o contrário, pois você é o mar sereno no qual eu sempre quis navegar. Esperei,
sem cessar, por esse remanço, por essa bonança, que me fariam enxergar as águas
límpidas e cristalinas da ventura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Enfim,
você chegou. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Imenso, imerso, intenso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">E
inundou meu coração.</span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-71212277614620669402015-07-18T12:45:00.001-03:002015-07-18T12:45:15.579-03:00Tato<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Impressiona-me
o poder do seu toque. A forma como minha pele responde ao contato dos seus
dedos propicia uma certeza de que não existe melhor sensação a ser
experimentada. Sentir-te dentro de mim é mágico e o que produz, ao certo, é
inominável, mas se assemelha a um misto de plenitude e prazer irrefreável, que envolve
fascínio, harmonia, placidez e amor. Sua pele me transporta para os lugares
mais longínquos, seu amor me abastece, sua presença me liberta. E, embora seu
toque seja responsável pelo meu nirvana, tenho a convicção de que nosso sentimento
é metafísico, vai além. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nosso
amor tem bossa, tem urgência, virtude e calmaria. Nosso amor salva almas. E pensar
que eu, tola que era, nem acreditava mais na possibilidade do amor como pedra
angular do universo. Obrigada por me tirar do limbo e me trazer para a
felicidade.<o:p></o:p></span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-76599927325708096062015-07-14T00:27:00.000-03:002015-07-14T00:27:20.581-03:00Novo dia<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Hoje acordei perceptiva. Percebi que
os pássaros cantam com mais beleza quando penso em você, que as cores são mais
vivas e as flores são mais belas se o seu sorriso está presente. Acordei com vontade
de comprar uma casa financiada e de dividir as contas do mês com você. De
construir uma vida ao seu lado – três filhos biológicos, um adotivo, dois
cachorros, um sagui, talvez um gato – todos muito bem condicionados por nós
dois. Acordei com vontade de comprar um carro automático e sair por aí
dirigindo com você ao meu lado, enquanto ouço você me dizer: “Você fica tão
sexy dirigindo”. Assim que abri os olhos pensei em organizar uma nova playlist,
só pra ver a sua cara de espanto ao ouvir minhas músicas preferidas e
reconhecer que meu gosto musical é foda. Acordei lembrando de como você
impressiona na guitarra (cara, você é o melhor) e dos solos que deixariam John
Petrucci com uma certa pulga atrás da orelha. Acordei e percebi que hoje sou
mais clichê do que nunca, simplesmente porque ao abrir os olhos, me dei conta:
eu te amo.</span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-6607974964215306062015-06-16T01:22:00.000-03:002015-06-16T01:22:08.654-03:00Ψ<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um quarto, uma cama de casal, algumas
roupas pelo chão. Ao fundo, a voz de Mick Jagger ecoando com “wild, wild horses
couldn’t drag me away”. Ela, de calcinha, meias e uma camiseta preta estampada
com um de seus rostos preferidos. Estava sentada no colo dele, pernas enlaçadas
ao redor de sua cintura, olhos fixos nos olhos dele – os olhos mais belos e
expressivos que ela havia visto em quase três décadas de existência. Naquele
momento ele a contemplava, dizendo tanto sem proferir quaisquer palavras. Ela,
hipnotizada pela pinta no canto direito do lábio superior daquele rapaz,
repetia mentalmente “you know I can’t let you slide through my hands”. A
dimensão das sensações de cada um deles era inefável e eles permitiam-se sentir,
cada vez menos controlados por convenções. A noite era deles, afinal. A noite e
a vida toda.</span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-40203273293539794152014-05-13T01:25:00.005-03:002014-05-13T01:25:31.955-03:00Tapa a domicílio<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Ding
Dong.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">-
Pois não?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">-
Boa tarde. Você é a Mariana “Dangélo”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">-
É “Dângelo”. Sim, sou eu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">-
Então toma isso, sua vagabuda!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">TAP!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">-
(???)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">-
Só vim aqui pra isso. Até logo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">*Baseado
em fatos reais.</span><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-13328784098886025942014-05-03T05:42:00.001-03:002014-05-03T05:42:45.021-03:00O meu problemaO problema em escrever é que a gente, uma hora ou outra, acaba se expondo além do limite.Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-72977210986830876772014-04-29T03:15:00.001-03:002014-04-29T03:18:13.004-03:00Do inconsciente<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela tinha uma orca de estimação. A orca se chamava
Orca, para fazer jus à sua extrema falta de originalidade. Pois bem, Orca vivia
em uma piscina e nadava em movimentos quadrangulares enquanto era alimentada
por sua dona.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em um fim de tarde, a dona disse:</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Vem, Orca!</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E a Orca saltou para fora da piscina.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nesse momento, o que parecia sonho virou pesadelo. A
Orca foi até as ruas, invadiu o comércio e começou a devorar todos à sua volta.
A dona pedia para que ela parasse, mas a Orca não lhe dava atenção. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Escondam-se dentro das lojas! – berrava a dona.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Precisamos deter esse bicho! Temos que matá-lo! –
diziam as pessoas, aterrorizadas.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas sua ligação com a orca de estimação era tão forte
que ela não podia conceber a ideia de permitir que alguém a matasse, ainda que
o animal representasse um perigo iminente a toda a sociedade. Assim, resolveu,
por sua conta e risco, tentar conduzir Orca de volta à piscina.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O problema não foi conseguir restituir o animal à
piscina, e sim, mantê-lo lá. Isso porque a Orca, que já tinha conhecido o mundo
do lado de fora d’água, tinha achado muito mais interessante devorar passantes
do que continuar em seu nado quadrangular. Quando começava a se sentir
entediada, portanto, a Orca dava um pulinho e sua sorte mudava.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Inconformada com a situação, a dona construiu um muro
imenso ao redor da piscina: Orca nunca mais entraria em contato com o mundo
externo. Mas a orca, que, além de louca de esperta, não queria ficar confinada
à sua piscina quadrangular, deu um golpe de mestre: devorou o muro. E, não
satisfeita, comeu também sua dona.</span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">O mundo era seu, enfim.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nota: essa história não é uma simples piração. Ela retrata um sonho que tive há alguns dias e os símbolos contidos na história possuem seus devidos significados em um dado contexto.</span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-84955426342556939482014-02-17T02:04:00.000-03:002014-02-21T01:08:51.839-03:00Sanatório<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela foi chamada com um aviso de que o Sr. Walide havia defecado em suas
próprias calças. Quando isso acontecia, as roupas eram imediatamente
descartadas e os excrementos, separados em um saco plástico para serem
eliminados. O Sr. Walide, no entanto, pensava em suas fezes como um prêmio, que
deveria ser sorteado às quartas-feiras, junto com os pães. “Quem quer ganhar
minha merda? Podem comer bastante, fica uma delícia com pão!”, ele bradava.</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela pensava que aquele trabalho era difícil, mas muitos pacientes
conseguiam colaborar. No entanto, havia casos excepcionais, como o de Sr.
Walide...</span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-24011796861927297712013-01-29T01:53:00.000-02:002013-01-29T01:54:10.472-02:00Não gostou<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Cursou Direito por insegurança
à época, mas descobriu que não gostava de leis. Leis eram retrógradas e
unilaterais. Posteriormente cursou Psicologia, mas descobriu não gostar de
pessoas. Pessoas tardam a morrer e passam anos enchendo o saco. Não são como os
animais, que vivem os poucos anos que possuem distribuindo alegria e afeto por
aí. Poderia ter cursado Medicina Veterinária, mas não saberia lidar com perdas –
animais morrem muito rápido e facilmente. Por que não são como as pessoas sob
esse aspecto (apenas sob esse)? Descobriu não gostar de perdas. Observou tudo e
guardou numa caixa para ser analisado. Por fim, concluiu: não gostou e jamais
gostaria de nada.<o:p></o:p></span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-16295581598259824472013-01-24T17:37:00.000-02:002013-01-24T18:14:01.575-02:00Meio sim, meio não<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Mais uma vez o
despertador tocava às 7 da manhã. Eu havia trocado o dia pela noite, assim como
em quase todos os outros dias no último mês. Ter que me levantar, pentear os
cabelos, escovar os dentes e sair de casa pra trabalhar, a troco de quê? De um
salário que seria quase que inteiramente gasto com supérfluos, como seria de se
esperar de um almofadinha de merda? Isso não me servia. Eu não esperava nada da
vida, tampouco precisava de dinheiro porque poderia muito bem viver como um
andarilho por aí, à margem dessa sociedade imunda. Eu não queria ter nem ser,
apenas ansiava por uma saída que jamais viria. E enquanto isso eu me sentia como um
personagem de Bukowski, às vezes sacana, às vezes deprimido, às vezes solitário
e quase sempre fodido.<o:p></o:p></span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-72149961583954882462013-01-24T13:04:00.003-02:002013-01-24T13:04:47.940-02:00TrechosJamais haveria um jeito de eu viver confortavelmente entre as pessoas. Talvez eu me tornasse um monge. Fingiria acreditar em Deus e viveria num cubículo, tocando órgão e eternamente embriagado de vinho. Ninguém foderia comigo. Eu poderia entrar numa cela e ficar meditando durante meses sem ter que ver a cara de ninguém, apenas o vinho chegando, sempre. Havia, porém, um problema: os hábitos negros eram de pura lã. Eram piores que o uniforme da R.O.T.C. Eu não poderia vesti-los. Precisava encontrar outra solução.<br />
<br />
[Misto-Quente, Charles Bukowski]Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-70898648867547085202013-01-21T02:21:00.003-02:002013-01-21T02:21:32.413-02:00TrechosOs livros sobreviveram à televisão, ao rádio, ao cinema falado, às circulares (revistas primitivas), aos diários (primeiros jornais), ao teatro de bonecos de Punch e Judy e às peças de Shakespeare. Sobreviveram à Segunda Guerra Mundial, à Guerra dos Cem Anos, à Peste Negra e à queda do Império Romano. Sobreviveram inclusive à Idade Média, quando quase ninguém sabia ler e cada livro tinha de ser copiado a mão. Eles não serão exterminados pela Internet.<br />
<br />
[Dewey - Um gato entre livros, Vicki Myron]Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-16113645458933845802013-01-08T17:43:00.002-02:002013-01-08T17:43:21.607-02:00TrechosMorro dos Ventos Uivantes é o nome da propriedade onde o sr. Heathcliff vive, nome da tradição local, só por si revelador da inclemência climática a que o lugar está exposto durante as tempestades. Ar puro e vento revigorante é coisa que não falta a quem vive lá no alto: adivinha-se a força dos ventos do norte que varrem as cristas das penedias pela acentuada inclinação de alguns abetos raquíticos que guarnecem os fundos da casa e pelo modo como os espinheiros do cercado estendem os seus braços descarnados todos na mesma direção, como se a implorarem ao sol a dádiva de uma esmola.<br />
<br />
[Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë]Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-65864935621399366932012-12-25T14:12:00.002-02:002012-12-25T14:14:51.821-02:00Carta de Natal<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Minha querida família,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Infelizmente não pude estar presente nesse natal.
Não espero que entendam os motivos, mas eu já sabia que esse natal seria mais
triste que os outros e me doi ter que conviver com isso, principalmente por
saber que a pessoa que eu mais amo é uma das que mais está sofrendo. O objetivo
dessa carta é mostrar que, mesmo distante fisicamente, nunca me esqueço de
vocês.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mãe, é você a pessoa que eu mais amo nesse mundo. É
graças a você que eu venho tentando lutar contra todas as coisas ruins que tem
me acontecido. É você o meu porto seguro, a minha fortaleza e a minha
esperança. Te desejo um natal abençoado e muitas renovações para o ano
vindouro. Quero muito te ver feliz, porque só assim eu também estarei feliz.
Estou com saudades desde já!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pati, já sinto falta da sua comida deliciosa e das
risadas com as suas loucuras. Obrigada por todas as preces que você me dedicou nesse ano, obrigada por todo o carinho e amizade. Nossa pouca diferença de idade
permite que eu te veja não apenas como tia, mas também como amiga – uma amiga
querida e muito especial. Um feliz natal pra você, pro Fer, pro Ni, Melzinha e
Soninho! Vocês são muito amados e estão no meu coração.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tio Toni, você e a tia Sil foram meus espelhos
desde a infância. Sinto um carinho enorme por vocês e pelas crianças – A Kaka,
essa princesinha linda e o Ri, esse menino tão inteligente e carinhoso. Que
Deus continue iluminando todos vocês e que em 2013 todos nós possamos passar
mais tempo juntos (sinto falta disso). Vocês são muito importantes pra mim! Um
beijão!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tia Maria, não sei se você estará presente nesse
natal. De qualquer forma, esteja você onde estiver, só tenho a te agradecer.
Você me ajudou muito com suas preces, seu sorriso e sua presença. Tudo isso foi
essencial para que eu pudesse atravessar tantos problemas nesse ano. Eu te amo,
tia! Um ótimo ano novo pra você, pra Dani, pro Thiago, pra Lidiane e o bebê e
pro Rafael.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Rafa, que saudades das suas palhaçadas! Você sabe o
quanto é querido por toda a família, né? Por mim então, nem preciso dizer! Um
beijo e muita felicidade na sua vida, meu irmão! Que Deus te abençoe não só
nesse natal e ano novo, mas sempre. Amo você!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Valéria... olha, meu tio teve muita sorte. Você é
tão querida! Tenho certeza que não só eu, mas toda a família se orgulha muito em tê-la conosco! Não era à toa que meu tio estava tão apaixonado. Parabéns por ser
essa graça de pessoa, por ser tão íntegra e alegre! Que você e a Isa tenham um
ótimo natal e um réveillon muito próspero! Adoro vocês!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Felipe, não sei se você comemora o natal. Mesmo
assim, te desejo um feliz natal e um ótimo 2013. Estou orgulhosa com a sua
aprovação. Seu pai não caberia em si de tanta felicidade, tenho certeza. Gostaria
de te ver mais vezes! Gosto muito de você, menino! Muito mesmo! Beijos pra você
e pra Mari.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vó Cida (alguém leia isso pra ela e faça com que
ela preste atenção, por favor). Vó, eu te amo muito. Tive tanto medo de te
perder esse ano... ainda bem que você
continua aqui, feliz, cantando e sorrindo. É assim que quero te ver sempre! Um
feliz natal e um ótimo ano novo, viu? Ah, e caso você já tenha esquecido vou
falar de novo: eu amo muito você!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como eu queria poder abrir um tópico nessa carta e
escrever algo para o meu tio Mi... com certeza eu escreveria que ele foi mais
que um tio e mais que um padrinho, foi o pai que eu não tive. Escreveria que
ele mora no meu coração, assim como ele dizia pra mim. E ele provavelmente
choraria ao ler, assim como eu estou chorando agora, enquanto escrevo essa
carta. Mas acredito que mesmo que não possa ler isso agora, ele já saiba todo o
teor. E também acredito que ele está feliz onde quer que esteja, por isso não
devemos ficar tristes pela ausência física dele nesse natal. Ele gostaria de
nos ver felizes, comendo churrasco e tomando caipirinha. Esse vai ser sempre o
meu tio! E ele sempre estará conosco, ainda que não fisicamente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pensem em mim nesse natal como se eu estivesse aí
com vocês, assim como o meu tio. Porque de coração e de alma, eu estarei – e
ele também.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um feliz natal, família Porcel.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu amo vocês.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aline.</span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-90785280498164464792012-12-18T21:08:00.003-02:002012-12-18T21:08:23.015-02:00Trechos<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nessa noite, surge uma nova pílula no meu copinho de papel. Antes que eu me dê conta, os comprimidos estão na minha mão.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- O que é isto? - pergunto, pegando a pílula nova. Eu a viro e inspeciono o outro lado.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- O quê? - a enfermeira me pergunta.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Esta aqui. É nova.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- É triptanol.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- E para que serve?</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Vai ajudá-lo a se sentir melhor.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Para que serve?</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela não responde. Nossos olhos se cruzam.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- É antidepressivo - diz ela, afinal.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Não vou tomá-la.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Sr. Jankowski...</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Não estou deprimido.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- A Dra. Rashid a prescreveu. Vai...</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Vocês querem me drogar. Querem me transformar num carneiro comedor de gelatina. Estou dizendo que não vou tomar.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Sr. Jankowski. Tenho que cuidar de mais 12 pacientes. Por favor, tome os seus remédios.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Achei que fôssemos residentes.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O rosto da enfermeira se endurece.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Tomo as outras, mas esta não - digo, dando um peteleco na pílula, que voa da minha mão e cai no chão. Jogo as outras dentro da boca. - Cadê a água? - pergunto, pronunciando mal as palavras porque estou tentando manter as pílulas no centro da língua.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela me dá um copo plástico, pega a pílula do chão e entra no meu banheiro. Ouço o barulho da descarga. Então ela volta.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Sr. Jankowski, vou pegar outro comprimido. Se o senhor não tomá-lo, vou chamar a Dra. Rashid e ela irá lhe prescrever o mesmo antidepressivo, só que injetável. O senhor vai tomar o triptanol de qualquer jeito. Só tem que decidir como vai ser.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando ela traz a pílula, eu a engulo. Quinze minutos depois, também tomo uma injeção - não de triptanol, de alguma outra coisa, mas não me parece justo, porque eu tomei o comprimido.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em alguns minutos me transformo num carneiro comedor de gelatina. Bem, num carneiro de qualquer tipo. Mas ainda me lembro do incidente que me causou essa desgraça e me dou conta de que se alguém me trouxesse uma gelatina bexiguenta naquele instante e me dissesse para comê-la, eu comeria.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O que fizeram comigo?</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">[Água para elefantes, Sara Gruen]</span>Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-32195124992235044002012-12-17T21:37:00.003-02:002012-12-17T21:37:38.233-02:00Trechos<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Às vezes acho que se eu tivesse de escolher entre uma espiga de milho e fazer amor com uma mulher, escolheria o milho. Não que eu não fosse gostar de curtir uma última trepada - ainda sou homem e algumas coisas nunca morrem -, mas só de pensar naqueles grãos doces estourando entre os dentes fico com água na boca. É uma fantasia, eu sei. Nenhuma das duas coisas vai acontecer. Mas gosto de pesar minhas opções, como se eu estivesse diante de Salomão: uma última trepada ou uma espiga de milho. Que dilema maravilhoso. Às vezes substituo o milho por uma maçã.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">[Água para elefantes, Sara Gruen]</span>Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-85451613678908608452012-11-28T03:27:00.001-02:002012-11-28T03:30:32.608-02:00Vou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggC08L-c9erzawhbM_Pi1LupjiYccx9wS7E5MNiMxLJ0S0mxy7IEcW2hrKwvLQvBASIag39j29n7SeNClEl5usSbd-uIBUZicqvNzTDCWGeolRwxr4wQNVrnyBrh5X06_AqH7ZUMnd1Jg/s1600/tumblr_l42a22YVfE1qc0dbmo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggC08L-c9erzawhbM_Pi1LupjiYccx9wS7E5MNiMxLJ0S0mxy7IEcW2hrKwvLQvBASIag39j29n7SeNClEl5usSbd-uIBUZicqvNzTDCWGeolRwxr4wQNVrnyBrh5X06_AqH7ZUMnd1Jg/s320/tumblr_l42a22YVfE1qc0dbmo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Quero os melhores romances, ou prefiro ficar sozinha. Quero as melhores lembranças, ou prefiro não lembrar. Ou vivo intensamente, ou vou levando essa rotina que não incomoda, não interfere, não fere, mas também não é vida. Vou dispensando tudo o que não julgo suficiente pra me roubar a solidão. Vou excluindo do meu convívio todos que não parecem prontos pra marcar meus dias.”</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Veronica Heiss)</span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-27632127969190667212012-10-29T03:26:00.003-02:002012-10-29T03:31:15.199-02:00"Ensaio sobre a cegueira": uma análise crítica<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">O filme em questão
baseia-se na obra homônima de José Saramago, na qual a população de uma cidade
se vê acometida por uma epidemia repentina e inédita, que ocasiona “cegueira
branca”. A população é infectada aos poucos e todos aqueles atingidos pela
cegueira são isolados em um sanatório desativado, sob a alegação governamental
de que tal ação tratar-se-ia de medida de segurança. No local, as condições são
sub-humanas. O caos é total, a sujeira se alastra por todo o ambiente e a
alimentação é insuficiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Salienta-se que há na
área de isolamento uma mulher que consegue enxergar. Ela é esposa de um
oftalmologista que foi infectado pela doença e durante todo o tempo em que lá
se encontra, solidariza-se com o grupo e trabalha em prol da coletividade, seja
cuidando da higiene alheia, seja guiando as pessoas, ou ainda, realizando
outras atividades em benefício do grupo. No início ninguém sabe que a mulher
enxerga, pois ao perceber que o marido seria encaminhado à área de isolamento,
ela diz também não enxergar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Quem detém o controle
sobre a população isolada são soldados que ainda enxergam. Estes fornecem a
alimentação, que é racionada por aquela. Ocorre que uma das alas resolve controlar
o racionamento, estabelecendo pagamento pela comida. Quando esgotam-se as
jóias, relógios e outros bens, os integrantes da ala dominante exigem as
mulheres como forma de pagamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Após um episódio de
violência sexual, a mulher que enxerga decide matar o líder da ala exploradora,
gerando uma guerra interna no local. Depois de algum tempo todos conseguem sair
do sanatório, guiados pela mulher, que percebe um estado de total desordem nas
ruas. Pessoas disputam alimentos como animais e seres humanos mortos nas ruas são
devorados por cães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Ao final, o primeiro
homem a ficar cego consegue recobrar sua visão. Surge, com isso, a esperança de
que todos consigam também voltar a enxergar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Em primeiro lugar,
torna-se necessária a análise do tipo de cegueira. Não é uma cegueira usual, em
que os cegos tem apenas a percepção da escuridão, mas sim uma cegueira
“branca”, na qual constata-se uma superfície leitosa. O branco representa a
existência total de luz e, no entanto, ninguém consegue ver diante de um
excesso de claridade. É possível fazer uma interpretação no sentido de que as
pessoas “enxergariam demais” sem que essa luz se refletisse, ou seja, o excesso
de luz as cegaria. Dessa maneira procede a sociedade: as pessoas possuem acesso
a diversas informações, o saber está em toda parte, mas isso não é suficiente:
se o saber é intenso mas não há reflexão sobre ele, ocorre uma cegueira social,
ou alienação. Ou seja, pode-se dizer que o saber apenas colocado à disposição
mas não utilizado funciona como excesso de luz, que ao invés de iluminar, cega.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Desde os primórdios a
ideia de alienação vem sendo perpetuada pelas classes dominantes, ou seja, a
alienação possui uma construção histórica. Isso faz com que o poder seja
mantido por apenas um pequeno grupo de pessoas, enquanto a maioria esmagadora
permanece alienada para servi-lo. É a falta de reflexão e, muitas vezes, de
conhecimento, que leva populações a serem dominadas por líderes tiranos e
corruptos, inclusive nas sociedades contemporâneas. Tal processo ocorre através
de simples reprodução das representações sociais durante diversas gerações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Evidenciam-se na obra
valores sociais extremamente frágeis, assim como nas reais sociedades. Onde
ninguém pode ver, os problemas sociais não aparecem. No filme algumas pessoas
chegam a andar nuas porque o pudor não mais existe – se ninguém é capaz de ver
uma pessoa nua, não há porque existir pudor. Da mesma maneira ocorre com a falta
de higiene e com os valores sociais e morais. As pessoas se habituam a viver
nesses moldes em razão de sua cegueira física e moral. A fragilidade de valores
sociais e morais é bem ilustrada na cena onde o líder da ala 3 estabelece que
entregará a quantidade de comida que achar conveniente, independente da
quantidade e qualidade dos objetos trazidos como pagamento, bem como nos
momentos em que submete mulheres à exploração sexual, ou ainda, nas cenas onde
aponta uma arma de fogo em direção às pessoas que deseja reprimir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">A única integrante do
grupo que consegue enxergar não é capaz de agir sozinha até que um desastre
ocorra, qual seja, a morte de uma das mulheres de sua ala em razão do abuso
sexual sofrido pela ala dominante. Até então ela não se rebela para não gerar
uma guerra, o que denota a preocupação que nutre por todo o seu grupo,
entretanto, ao constatar a ameaça iminente, resolve matar o líder da ala
exploradora. Há claramente uma ação extrema que tem como objetivo a salvação
coletiva e especula-se que seja esse o motivo pelo qual ela não se deixa cegar:
ela não faz parte da massa alienada porque não centra seus pensamentos apenas
em si mesma. Essa mulher consegue manter-se como a única testemunha da total
degradação do ser humano, é a única capaz de enxergar nas mais diversas
acepções os eventos que ocorrem à sua volta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">O filme exibe uma cena
na qual a mulher dotada de visão adentra uma igreja que abriga diversas pessoas
acometidas pela epidemia. O padre discursa sobre a cegueira como forma divina
de cura, esclarecendo que “assim como Deus converteu pela cegueira Paulo, que
perseguia e matava os cristãos, também converteria toda a população ora
desprovida de visão”. Evidencia-se nessa cena a forte influência alienante que
a igreja católica exerce sobre os indivíduos desde a Idade Média, período
caracterizado pela venda de indulgências e pela fixação de dogmas. No discurso,
é perceptível a ideia alienante de que a cegueira é instrumento de cura e não
de perdição. O papel da igreja, desde seus primórdios, sempre foi no sentido de
que seus ideais eram indiscutíveis, de modo que aqueles que não questionam suas
ideologias garantem a bênção divina e a salvação eterna. Através do discurso
feito pelo padre na obra, constata-se que Deus converteria pela cegueira porque
aqueles que não são capazes de ver, também não são capazes de questionar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Também é possível fazer
uma interpretação acerca do regime político vigente. Enquanto são poucos os
indivíduos isolados no local, a administração e resolução dos problemas é mais
fácil, assim como o convívio. Todos participam das tarefas e colaboram entre
si. Conforme o número de integrantes aumenta, surge entre eles a necessidade de
comando e dominação. O líder da ala 3 se autointitula “rei” do lugar, ou seja,
um sistema antes democrático torna-se então absolutista, tirano. O poder
coercitivo modela o comportamento dos indivíduos, até que eles atuem exatamente
da maneira como o seu líder deseja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Pode-se construir uma
analogia entre o contexto da obra e alguns fenômenos históricos e sociais, como
é o caso da Revolução Industrial e do próprio sistema de produção capitalista.
Em ambas as situações há um sistema de dominação, sendo que no filme a
dominação ocorre, em primeiro grau, por aqueles que ainda enxergam. Quem
controla o lugar são soldados que ainda não foram infectados pela cegueira
branca, isto é, homens armados que vigiam a área isolada e atiram em qualquer
indivíduo que estabeleça tentativas de fuga ou que não aja de acordo com as
regras estabelecidas. No século XIX, a dominação ocorre por parte da burguesia,
que controla a classe proletária – não através de armas como no filme, mas
através da oportunidade de manutenção da subsistência de uma classe menos
favorecida mediante sua própria exploração. Da mesma maneira, no sistema de
produção capitalista, quem exerce o domínio são os detentores dos meios de
produção sobre os detentores da força de trabalho. Essa mesma exploração é
observada no filme também por parte dos líderes em segundo grau, que
encontram-se acometidos pela cegueira. Eles controlam os suprimentos como no
sistema capitalista, determinando os “preços” com base na lei da oferta e da
procura, ou seja, se todos precisam se alimentar a procura é naturalmente alta
e os preços fixados também tornam-se altíssimos, caracterizando o acúmulo de
riquezas derivado da exploração em todos os seus sentidos. Salienta-se ainda,
numa comparação com o sistema capitalista, que a exploração ilustrada no filme
é muito mais intensa em virtude de não haver “concorrência”, pois todos os
suprimentos encontram-se em poder de um único grupo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Outro aspecto
interessante a ser observado é o modo como a escolha de líderes pode se tornar
um fator diferencial na existência dos grupos sociais. Se um determinado grupo
se deixa governar por um tirano, sofre as consequências da dominação e da
exploração em seus mais variados graus. Em contrapartida, ao escolher um líder
sensato e com foco na coletividade (como é o caso da mulher capaz de enxergar),
um grupo social consegue participar ativamente de seu desenvolvimento, bem como
manter sua identidade e seus valores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">A cegueira caracteriza,
enfim, a alienação de uma sociedade. O sistema estabelecido é alienado e nele,
somente aquele que possui a vontade de ver é que o faz, isto é, apenas quem se
dispõe a raciocinar e questionar as ideologias dominantes consegue se desprender
das relações de dominação e viabilizar o processo de tomada de consciência de
si e do grupo social ao qual pertence.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 150%;"><i>(Trabalho de Psicologia Social apresentado por mim no 2º período do curso de Psicologia).</i></span></div>
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-37377820911877323322012-10-21T06:08:00.002-02:002012-10-21T06:11:27.141-02:00(des)construçãoParecia uma epifania, só que ao contrário.<br />
Ela acabara de descobrir que o que pensara ser não o era. Quis começar a falar, mas não pôde. Tentou novamente e conseguiu, mas ainda não foi capaz de concluir. Era sério. De repente teve a sensação de um <i>deja vu</i>, algo que acontecera há alguns meses. Ocorria sempre da mesma maneira, as mesmas emoções vindo à tona de uma maneira quase desesperada. Quando isso acontecia, uma coisa era quase certa: alguém a havia induzido a erro. Lágrimas, uma, duas, três, cinco, vinte e duas, cento e quarenta. Mais. Ela era tão emocional, que não havia jeito de ser menos.
Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-45776290279748042412012-09-15T02:43:00.003-03:002012-09-15T02:47:51.353-03:00Drops1.Uma ideia de felicidade?<br />Tenho várias ideias de felicidade: abraçar meus cachorros, ganhar um livro, comer e não engordar, comprar um sapato, ouvir uma música que adoro, receber uma ligação de alguém querido, ter um amor que valha a pena ser amado...<br /><br />2.Uma viagem marcante?<br />Ainda farei a viagem dos meus sonhos, cujo destino é a “Cidade Luz”, Paris.<br /><br />3.O que a irrita?<br />Me irrito com gente que fala alto demais, que maltrata animais, que não tem educação e nem bom senso.<br /><br />4.O que a deixa de bom humor?<br />Uma pastor belga preta e estabanada chamada Keila.<br /><br />5.Um talento que gostaria de ter?<br />O de influenciar pessoas.<br /><br />6.Uma atividade prazerosa?<br />Ler.<br /><br />7. O que mais aprecia nos amigos?<br />A fidelidade.<br /><br />8.O que a faz chorar?<br />Tristeza, saudade, angústia e insegurança são as principais coisas que me fazem chorar.<br /><br />9.Um cheiro ligado à infância?<br />Cheiro de laranja.<br /><br />10.O que mudaria em si mesma?<br />Minha insegurança, sempre.Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-84953766289611753262011-12-21T03:22:00.009-02:002012-07-23T04:05:22.517-03:00Pode serA insônia me persegue nessas noites quentes de dezembro. Meus horários se desregulam e mesmo que eu precise acordar cedo, não consigo dormir antes das 4 da manhã. Minha melhor companhia foi se deitar há pelo menos uma hora, não há sequer um camarada virtual acordado nesse momento. Já chequei meus e-mails, Twitter, Facebook, MSN, talvez até veja o Orkut ou outra rede social abandonada. Qualquer coisa que combata esse ócio. Quem sabe algo desperta minha atenção? Pode ser uma lembrança de um reencontro inesperado, uma música, um vídeo, um sorriso aberto adornado com covinhas... é, pode ser! Espero que ninguém conte com a minha produtividade no trabalho amanhã.Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-63411190674940512602011-12-18T05:25:00.002-02:002012-07-23T04:10:16.309-03:00IncredulidadeVocê pode até dizer que só escrevo porque estou bêbada. Pode dizer que é só porque hoje conheci outro leonino. Pode dizer que estou com raiva, magoada, ferida, com dor de cotovelo. Mesmo que queiram, você sabe que não sou de ninguém. Não ainda. Nem digo que isso seja por sua causa, afinal, você não merece. Mas é que você me machucou tanto, tanto... que sequer consigo pensar em me entregar a alguém. Meu pior dia foi, com certeza, ao seu lado. Ainda que me roubem um beijo, ainda que me roubem um tempo ou outra coisa qualquer, digamos que você me roubou o mais importante: a esperança. E é assim que vai ser. Ainda não sei por quanto tempo, mas ainda que me roubem qualquer coisa, por enquanto é impossível acreditar em qualquer promessa. Que me julguem incrédula - essa culpa é sua, infeliz!Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9135112454578158967.post-79521834180446760522011-08-17T02:39:00.001-03:002011-08-17T02:40:49.046-03:00Memórias<p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span">Toda vez que ouço “Head over Heels” do Tears for Fears, me vem à cabeça uma noite de verão da minha infância. As luzes de casa estavam apagadas e as da cidade, acesas. No céu, muitas estrelas. Eu admirava esse quadro, ouvindo bem longe, ao fundo “I wanted to be with you alone and talk about the weather...”.</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span">Era como estar em outra dimensão.</span></p>Lillyhttp://www.blogger.com/profile/09200904746484353069noreply@blogger.com1