Uma tela acesa. Ouço o som que sai dos fones nos meus ouvidos enquanto olho para o firmamento. O Sol nascendo, a mente a divagar, devagar.
Onde é que você está? Para onde vai a alma daquele que se foi?
Crio cenários onde sorrimos, transformamos memórias em poesia, cantamos. Neles você me responde coisas que só você sabe e me relembra o quanto me amou enquanto esteve por aqui. Foi curto, mas precioso o tempo. Sabe, você não precisava ir embora tão cedo. Tento entender o propósito e minha cabeça esquadrinha, frenética, desfechos possíveis para duas vidas que se entrelaçaram tanto. Por que você lá e eu cá? Por que não me é revelado saber se um dia verei novamente seu sorriso esculpido? Por que tantos pontos jogados a céu aberto? A angústia que não cala reverbera em minha mente seus anseios, seus encantos, seu sofrer.
Como você seria se estivesse aqui hoje?
Me ofereceria um trago do seu cigarro? Me chamaria pra dançar ou me perguntaria se ainda troco o dia pela noite? Ou simplesmente se ocuparia com política, melodias curtas e conversas tolas por dizer?
Daqui a 7 dias será outro ano. Nele, continuarei buscando as respostas que nunca encontro. Até lá, respiro, faço pausa e tomo nota, a mais importante: te amo onde você estiver.
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