sexta-feira, 9 de julho de 2010

Matou

Que me chamem louca, não me importa
Preciso viver, pois de morrer estou morta
Morta de tanto morrer de amores.
Não há paz que dure nesse espaço raso,
Fica um preto, um branco acinzentado.
O amor é a droga poderosa da incerteza
Que não deixa terminar, não deixa prosseguir
É a cama por fazer, é o jantar frio
Tira o sono e mata a fome.

Aceitação

Vez em quando me bate uma dor, uma angústia. É que me dói não ser o centro do teu universo. Me dói também meu próprio egoísmo, meu insistente martírio.
E de tanta dor, surge em mim um sujeito rarefeito, desfeito, sem jeito, palpita o peito.
Me falta aceitação, me sobram todos os sentimentos passionais.