Adjetivaram-na de previsível. Talvez o fosse por uma razão: não se sentia à vontade para se permitir ser o que era. Suas ações acompanhavam a linha do esperado, pois não poderia se submeter ao julgamento alheio – seria ultrajante, afinal.
Sua consciência não lhe evidenciava o fato de que, independente do que pudesse ser ou fazer, sofreria as sanções dos julgamentos alheios. Compreender é ato digno dos fortes de espírito, ao passo que formular juízos é ato de menor complexidade, digno dos menos favorecidos.
Seguia assim. Eis que num dado momento, teve a epifania: não constituiria uma vida de leveza se tivesse em tão bom conceito a opinião de terceiros desimportantes.
Enfim, tempos de liberdade.