terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma pequena felicidade


Ando sentimental. E isso não se deve apenas ao fato de ter sido surpreendida por 11 rosas em minha cama hoje. Acho que só ando sentimental porque ainda me resta um coração. Ou talvez porque, em meio a tantos problemas nesta vida, ainda exista algo especial...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Autenticidade

Ele: Você me lembra o mar...
Ela: O mar? Mas por quê?
Ele: A gente só consegue ver um pedacinho do mar, mas ele é enorme.
Ela: Hum...
Ele: Parece você.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Parque de exposições

Sabe, ele é bobo. Bem bobo, mas eu entendo. Na verdade ele ainda não sabe que vivo por ele e que a sua presença vibra em cada minuto da minha existência. É o pensamento fixo, é o sentimento pulsante. E por não saber disso (pelo menos não plenamente) acaba assim, bobo. E por isso temos alguns momentos de tensão, alguns desentendimentos bobos. Sempre assim, bobos. Nós dois bobos. Eu não estou isenta, não fujo dessa bobagem também, por ser idêntica a ele, mesma alma, mesmo coração, mesmas paranoias. É, eu sou ele de saia. Ou de calça, de calção, de calcinha, de cueca, na verdade até onde sei nem existe mais ele ou eu, não há mais disjunções, ambos passamos a ser um só há muito tempo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Variações hermenêuticas

processo

pro celso
(celso seria o autor ou o réu?)

pro cês, sô
(tutela jurisdicional para caipiras)

pro sexo
(porque às vezes, o mundo jurídico tem umas coisas de f*der)

parô, cessô
(fim)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mais uma vez caio.

Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem.

(Caio F.)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

É assim.

Porque há sempre um desencontro de fatos, de informações e de interpretações, e nesse contexto, coisas importantes vão sendo perdidas pelo caminho.

Hoje eu preciso apenas que você diga o que eu quero ouvir.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Recolhida

Prefiro a solidão.

Se eu fujo do mundo e mergulho nos meus pensamentos, se eu sento na grama e passo quase uma hora contemplando um céu que se divide em três, um terço azul escuro, um terço azul claro e um terço laranja, é porque eu prefiro a solidão.

É na solidão que eu posso me perder nas minhas próprias insanidades, nos meus medos, nas angústias que um terceiro jamais poderia entender. É na solidão que eu posso ser eu mesma.

E desconfio que seja essa a minha sina.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Doença

Uma sensação assim, metade absurda, metade doentia. Começa por culpa minha, admito. Vem a dor de cabeça, depois as ânsias de vômito, o mal estar, as tonturas, a vontade de deitar e não acordar mais, quem sabe enfim, ter paz.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Sonhos

Eu quis escrever várias coisas sobre esse dia, mas a verdade é que pouco sei sobre mim – e isso dificulta meus propósitos. Completo hoje 22 anos sem saber o que me aconteceu ontem, e sabendo menos ainda sobre o que me vai acontecer amanhã.

Sabe, às vezes tenho a sensação de que tudo aquilo que vivi não foi real, como se o passado jamais tivesse existido, como se fosse mera invenção minha, como se toda a minha vida fosse um sonho e a qualquer momento eu pudesse acordar - para a morte. É assim que penso e pra mim faz todo o sentido: a morte como a realidade de todos nós, e a vida, esse sonho que construímos diariamente.

Meu sonho completou hoje 22 anos.

E eu ainda quero sonhar muito.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Carmen

Então passou a se vestir apenas de preto.
Talvez estivesse infeliz, mas não parecia, exceto pela roupa preta. Beirava os 40 e continuava solteira, quem sabe pelas muitas banhas que lhe saltavam pelo corpo todo, mas trazia sempre o sorriso largo na cara redonda.
O cabelo pintado de loiro denotava uma certa falta de originalidade. As pequenas manchas no rosto tornavam-na ainda menos atraente, mas o sorriso continuava lá, teimando em querer embelezar algo que não tinha beleza.
Os dias se passavam, ela continuava de luto e ninguém entendia o porquê.
Mas estava feliz assim. Era esse, aliás, o motivo dos sorrisos largos e diários naquela cara tão redonda, pois só no preto é que se sentia bonita: havia descoberto que o preto lhe emagrecia.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O amor - By Chiquinha

Todos os lados do amor né, minha gente?
*Clica que aumenta. :)

terça-feira, 12 de maio de 2009

to melt

Se escrevo algo que julgo belo, este já não mais o é no minuto que se segue. E as emoções que tento transmitir para o papel são, apesar de intensas, confusas e mal organizadas. As linhas não comportam mais as minhas opiniões desordenadas. Minha cabeça gostaria de derreter nesses momentos. Meus dedos também. No íntimo, me transformo numa massa disforme, liquefeita. Sonhos, idéias, pensamentos e corpo: todos derretidos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Caio F.

Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada...

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Retrospectiva

És frágil e delicada como o cristal, mas se queres abandonar o sofrimento, precisas tornar-te forte e imponente como o diamante.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lugar-Comum

Os homens buscam incessantemente pelo poder porque consideram-no uma virtude e é certo que sente-se mais capaz o homem que o alcança.
O que torna um homem forte? O poder que detém!

Mas então por que é o amor que, na verdade, move os homens?

Por que esse sentimento devoto, puro, que nada tem a ver com poder, consegue mudar as visões e perspectivas de quem é por ele acometido?
Seria o homem dominado pelo amor - esta forma de não domínio?
Seria o amor a salvação pela qual espera?
O que torna um homem forte? O poder que detém?

Não, meus caros.
A força de um homem está tão-somente no tamanho do amor que ele consigo traz.


*E sim, o amor é clichê. É brega e é bobo. Mas apenas para quem nunca amou.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Meme

Recebi um meme da e passarei então a discorrer sobre 5 obsessões, apegos e manias que possuo:

1 - No quesito bizarrices: Eu gosto muito de relembrar coisas antigas TODA HORA. Gosto do que me remete ao passado, fotos, fatos e feitos. Sempre me pego falando sobre 'aquela tarde de sol com a família inteira na praia em mil-novecentos-e-bolinha' ou sobre o dia em que ataquei TODOS os brigadeiros de uma festinha de aniversário de 8 anos, enfim... a nostalgia me é inerente.

2 - No quesito " doida é a ...": Toda vez que vejo uma periguete se insinuando pra alguém [pode ser amigo, namorado, integrante da família e até um passante na rua] tenho ganas de socá-la. Eu não me contento em simplesmente ignorar! O oposto também é válido, ou seja, quando alguém mexe comigo na rua, ou com alguma amiga, ou uma passante que seja, tenho vontade de pular no sujeito e quebrar-lhe os dentes. Coisa de gente desequilibrada, será? Será?!

3 - No quesito TOC: Tenho mania de perfeição quando vou escrever [principalmente poemas] para publicar. Se não estiver no mínimo bom eu reescrevo quantas vezes for preciso, até ficar. Também tenho um blog mais ou menos secreto onde posto meus poemas, aliás, quem posta nem sou eu, na verdade é meu alter ego...

4 - No quesito " Freud explica...": Sempre tive muito medo de me machucar, em relação a tudo. Por exemplo, em virtude do medo de cair jamais aprendi a andar de bicicleta. Essa é uma das grandes frustrações da minha mãe, inclusive porque ela também jamais aprendeu a andar de bike [pelo mesmo motivo].

5 - No quesito alimentício: Jamais como alho, cebola, detesto temperos fortes, não como frutas e não como praticamente nada saudável. Enfim, não como o que não agrada meu paladar e fim de papo.

*Não gosto da pressão de ter que repassar essas coisas pras pessoas. Mas se alguém quiser responder, me avisa: juro que vou lá correndo bisbilhotar. Hohoho.

terça-feira, 31 de março de 2009

Assim me imaginas, assim sou eu.

Me bastasse

Queria tanto um amor, súbito,
Devastador, sem sentido,
Que me arrebatasse,
Me desmaiasse,
Me amassasse o vestido

Queria que me encontrasse,
E me observasse à distância,
Como alguém da mais remota infância
Um alguém sorridente, de covinha indecente,
Que me dissesse nos lábios
O mesmo que meu peito
Que me batesse nas veias
O mesmo fervilhar sem jeito

Queria tanto amar
Sem culpa ou lugar, caminhar na calçada
- de mãos dadas -
Ser feliz na orla, na sorveteria,
No bar, na drogaria
Meu cachorro, sua poesia

Queria tanto saber que fiz alguém feliz,
Que esse alguém sente minha falta,
Que me procura nos desenhos das nuvens
Me bastasse uma vida contigo
Me bastasse um minuto de ti
Me bastasse...


-

Aline Lopes Lima, por Leonardo Curcino Alves de Sousa Junior.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Nelson.

“Se o homem soubesse amar não elevaria a voz nunca, jamais discutiria, jamais faria sofrer. Mas ele ainda não aprendeu nada.
Dir-se-ia que cada amor é o primeiro e que os amorosos dos nossos dias são tão ingênuos, inexperientes, ineptos, como Adão e Eva. Ninguém, absolutamente, sabe amar.
D. Juan havia de ser tão cândido como um namoradinho de subúrbio.
Amigos, o amor é um eterno recomeçar. Cada novo amor é como se fosse o primeiro e o último. E é por isso que o homem há de sofrer sempre até o fim do mundo - porque sempre há de amar errado.”

(Nelson Rodrigues – Morrer Com o Ser Amado – 1968)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Solidão

Agora sentia frio numa cidade fria.

Assim tornou-se sua rotina: congelante.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Eu julgo, tu julgas, ele julga...

A sociedade é muito acostumada a julgar: julgar a vida, os gostos, as idéias, as atitudes e as escolhas de outrem.
Desde os primórdios a grande diversão das pessoas é censurar os vícios alheios, apontando cada defeito a ser corrigido.

E para os que condenam todo e qualquer tipo de erro, já aviso de antemão: não sou um modelo a ser seguido. Portanto, não esperem que eu me comporte da forma como desejam.
Não queiram que eu não tenha dúvidas, que eu seja sempre segura. Isso sequer combina comigo, pelo contrário: minha natureza é essencialmente insegura, inconstante, mutável, maluca.

Só peço que sejam empáticos. E, àqueles que nutrem por mim alguma simpatia, que me aceitem assim. Como esse poço de inadequações.

Ou então que me deixem em paz.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Boa Ação

Boa ação do dia: ensinar meu irmão de 11 anos a ouvir Radiohead.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tudo x Nada


Tudo e Nada:
Um casal, mãos dadas.

Tudo deseja ir em frente,
Nada deseja ir embora.

Tudo sorri ao vislumbrar o sentimento,
Nada se esconde em sua angústia.

Tudo confia no que há de vir,
Nada foge do futuro.

Tudo quer amar, se perder.
Nada quer esquecer.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O que será?

São tantos receios surgindo na minha vida paradoxal...

Primeiro veio a segurança: era enfim dona de mim e mantia todos os meus pensamentos e ações sob controle.
Depois, a surpresa: novas sensações, tentativas inusitadas de mudança.
Finalmente a dúvida e todo o restante desapareceu.

O que será do futuro? Em quais aspectos serei bem sucedida? Se eu tiver muito dinheiro serei mais querida? Se eu for mais querida, serei necessariamente feliz? Alguém estará ao meu lado e me compreenderá? Conquistarei o meu próprio mundo?

São centenas de questões misturadas numa mente deveras inquieta.
O que fazer com elas ainda é uma incógnita.



Ps: Um adendo. Não poderia deixar de agradecer a ele pelo post fofo. Adoro, Leo!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Por aí.

De repente me vejo num lugar estranho, com vários aglomerados humanos à minha volta.
A conversa flui de forma agradável com a velhinha ao lado, dona Cecília. Oh, que senhora amável!
É impossível saber o motivo exato e líquido pelo qual ali me encontro: são tantos e ao mesmo tempo nenhum.
Mas minha essência me diz que cheguei onde cheguei para tentar.
Sim, tentar.
Tentar vencer, tentar ser feliz, descobrir coisas e talvez me encontrar, quem sabe.

Porque a Aline nem sempre é um saco de batatas, às vezes ela é uma mulher.
E mulheres, ao contrário de saco de batatas, tem sonhos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Explode?

Na verdade, anda me faltando paciência.
Todo o empirismo da minha vida fez com que eu me tornasse essa Aline que hoje vos fala.
E ai! Ela tem a paciência curtíssima.

Óbito.

Desaprendi a escrever.

Agora é assim, folhas e folhas contendo meus escritos medíocres são constantemente amassadas e atiradas ao lixo.

Minha inspiração faleceu.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Pra constar.

Sei que tô sumida.
E esse post é só pra constar que enfim conheci pessoalmente uma das pessoas mais interessantes da blogosfera.


Adoro você, Leo. (: