quinta-feira, 2 de junho de 2011

Aniversário

Mal posso acreditar que sobrevivi até os 24 anos.

Após tantas turbulências, guerras internas, desencontros, desilusões, corações partidos, amizades perdidas, sorrisos desfeitos, cá estou a vos escrever. Não me sinto como antes e rio a cada vez que me dizem que “alcancei a idade de mulher mantendo o jeito de menina”. Não me sinto assim. Não me percebo de tal maneira quando fixo meus olhos no espelho, tampouco quando volto os olhos à minha alma. É que, apesar da idade, ainda não me sinto uma mulher, porque sei que para isso ainda me resta um caminho considerável a percorrer, bem como não me sinto menina, porque compreendo que meu jeito e minhas prioridades são outras agora. Sou quase um meio termo.

Sinto-me mais forte agora, por mais que ainda haja momentos de angústia. Sempre haverá. Mas descobri que posso estar acima deles – e só eu sei o quão difícil foi essa descoberta, o quão tortuoso foi o percurso.

A vida é uma coisa maluca. Não há coisa mais sofrida e, ainda assim, o desejo constante de todos é poder viver o máximo possível. O propósito de tudo é, sim, o aprendizado. Sou até grata à vida por ter me feito sofrer em alguns momentos, para que eu pudesse adquirir todo o aprendizado necessário à minha atual formação.

Não termina aqui, sempre terá mais sofrimento a ser enfrentado durante a caminhada, mas o mais importante é o quanto esse sofrimento pode ensinar alguém a ser melhor. Aí sim, virá a bonança. Aí sim será possível aproveitar todos os benefícios que a maturidade pode proporcionar.

Que esse próximo ano de vida possa me brindar com alegrias, tantas quantas forem possíveis, com maturidade, sabedoria, equilíbrio e também muita força, para enfrentar as adversidades.

Que Deus me acompanhe.

4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pra você, belo texto, bela inspiração nesse dia de ano novo. Não se coloque como quase meio termo, é muito quase um pouco de nada... vc já passou para o outro lado, confie!

Claudinha disse...

Parabéns... fiz dia 30...hehehe!

Sempre em busca do tal equilíbrio, nem sei se ele de fato existe.

Talvez o q mais importe seja essa busca constante, não necessariamente o resultado final...

Bia disse...

Texto lindo! Parabéns, Li!!

Evaldo disse...

Olha... O que posse lhe dizer, já que voei muito?Não se preocupe, não. Apenas voe. Nossas asas nos encaminham. Nossos olhos nos ajudam a ver os caminhos. Todos eles são belos. Inclusive os ventos... As chuvas... O Sol quente. Você já sabe disso. Apenas voe. Sinto que o coração sabe controlar as pulsações. O que já foi voado é parte importante do nosso vôo em qualquer idade. Cada ave é singular. Cada uma possui sua bússola. “Foi Deus quem fez assim”. Sempre há espaço para crescer mais. Voar... Voei, mas ainda sou “menino passarinho”. As asas se ferem com o passar do tempo, mas se renovam, com mais força, para não pararmos de voar. O que você disse mostra que você sabe maravilhosamente, dirigir seu vôo.
Abs.