quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Meio sim, meio não


Mais uma vez o despertador tocava às 7 da manhã. Eu havia trocado o dia pela noite, assim como em quase todos os outros dias no último mês. Ter que me levantar, pentear os cabelos, escovar os dentes e sair de casa pra trabalhar, a troco de quê? De um salário que seria quase que inteiramente gasto com supérfluos, como seria de se esperar de um almofadinha de merda? Isso não me servia. Eu não esperava nada da vida, tampouco precisava de dinheiro porque poderia muito bem viver como um andarilho por aí, à margem dessa sociedade imunda. Eu não queria ter nem ser, apenas ansiava por uma saída que jamais viria. E enquanto isso eu me sentia como um personagem de Bukowski, às vezes sacana, às vezes deprimido, às vezes solitário e quase sempre fodido.

Um comentário:

Leo Curcino disse...

Então quer dizer que a senhorita continua trocando os dias pelas noites hehehe? Ps.: Conheço essa foto do perfil.

Se cuida. Boa sorte aí com o direito, psicologia e veterinária.