Nunca consigo. Quando toco depois no meu próprio rosto e, no limite dos dedos, percebo sulcos fundos ou bruscas protuberâncias na superfície da pele, pergunto se não teriam nascido ou pelo menos começado a afundar depois daquela partida. Parece-me agora, tanto tempo depois, que as partidas-dolorosas, as amargas-separações, as perdas-irreparáveis costumam lavrar assim o rosto dos que ficam.
(Caio Fernando Abreu)
Um comentário:
=˜˜
Nunca consigo te esquecer.
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