segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fragmentos

Quando adolescentes, nossas aflições se resumem a um punhado de coisas que provavelmente não nos lembraremos aos 20 e poucos.
Coisas que nos fizeram crescer, que moldaram nossas personalidades. Coisas desimportantes, que ao final, farão uma diferença enorme.

Chega a ser triste que todas essas experiências sejam esquecidas numa gaveta qualquer, aninhada a fotos, poemas, bilhetes da época de colégio e “pra sempres” tão efêmeros. São memórias esquecidas até o dia em que nos deparamos com elas casualmente, vasculhando os armários em busca de um objeto importante. Quando isso acontece todas as lembranças vem à tona, e nos permitimos então dedicar um pouco do nosso tempo – agora raro – apenas para relembrar aquilo que jamais voltará.

Uma coisa enorme, depositada noutra infinitamente menor. É espantoso constatar que uma história inteira cabe numa gaveta.

3 comentários:

Leo Curcino disse...

não sei se cabe numa gaveta. mas se cabe, lá no meu quarto tem uma gaveta só pra você.

Leticia disse...

Bela reflexão menina.
Recentemente me mudei e no momento de separar o que ia levar ou não vi fichários , bilhetes , várias coisas...às vezes tenho a impressão que a melhor idade no sentido de descobertas e amadurecimento foi a dolescência . Como mudamos sem nos dar conta!

Anônimo disse...

é que o doce 'pra sempre' é assim, não algo que dura, mas perdura.