*Escritos adaptados sobre o fim de ano.
O fim de ano traz consigo neuroses do tipo “onde-é-que-você-vai-passar-o-reveillon”. Funciona assim: quando alguém te perguntar, você imediatamente deve responder algo extraordinário:
"Fui convidada para uma mega festa que terá ecstasy e depois uma orgia".
"Vou para uma ilha paradisíaca desconhecida, onde terá uma festa com orgia e ecstasy".
"Irei para um destino internacional luxuoso repleto de festas com orgias e ecstasy".
Por isso prefiro o Natal que, neste sentido, é mais democrático. Natal é igual para todo mundo: uma merda. Você vai à festa da família, seus parentes bebem e trocam acusações horríveis, você fica deprimida, ainda ganha uma meia e termina a noite chorando no escuro sozinha. Bem, ainda existem famílias que comemoram o Natal à moda antiga, inclusive com um tio fazendo o papel de Papai Noel, mas elas estão em extinção.
Já o Reveillon... Depois de escolher uma das três distintas opções, é preciso anunciar que você já comprou a passagem e se o seu amigo não comprou, você terá que alardear que "ele tem que correr, pois a essa altura, todos os vôos já estão lotados".
Isso sem falar na situação conjugal. Se você tem namorado desista de ter qualquer paz de espírito, pois esta época é marcada por brigas e acessos de ciúmes descontrolados. Isso ocorre principalmente se vocês estiverem na praia e você, de biquininho, atrair a atenção de algum banhista. Pergunte por aí. Todo mundo tem pelo menos uma história macabra envolvendo namorado e reveillon. Ser expulsa da casa de praia, passar o ano novo no quarto aos prantos lendo o livro do A.A. enquanto o namorado alcoólatra tem uma recaída, ser proibida pelo sujeito de ir passar o reveillon no mesmo trecho da orla são alguns dos casos relatados.
Se você não tem namorado e tem um caso, a situação pode ser ainda pior. Este assunto será um tabu e você ficará torcendo [sem a menor dignidade interior] para ele te convidar para passarem o Reveillon juntos. Quando for lá pelo dia 20 e ele anunciar que está indo para o Sri Lanka com um grupo de primas loiras e peitudas que surfam, você entrará em desespero e tentará viajar para QUALQUER lugar. Conseguirá apenas uma vaga nestas excursões que têm guia que anima o grupo com um microfone no ônibus.
Se você não tem namorado nem caso, a sua estupidez fará você viajar com um grupo de casais que, à meia-noite, vão se beijar e fazer juras de amor. E você ficará olhando para o além até que aquela cena acabe e alguém te dê um abraço. Quando você achar que o pior já passou, algum idiota vai lembrar que estamos no horário de verão e irá comemorar a data de novo uma hora da manhã. Sem falar no momento de “desejar tudo de bom” para pessoas que você acabou de conhecer. Não tenho nada contra passantes, mas desejar “tudo de bom" é de um cinismo que, sinceramente, me deixa constrangida.
Você acha que acabou? E o drama da roupa? Sempre igual: você vai fingir que não liga para isso e vai surtar na véspera, comprando um vestido de viscose brega com um cheque pré para fevereiro. Ou seja: seu arrependimento irá perdurar por um mês.
Gente, socorro! Alguém conhece alguma seita que combinou um suicídio coletivo ainda este ano? Se souberem, me avisem!
O fim de ano traz consigo neuroses do tipo “onde-é-que-você-vai-passar-o-reveillon”. Funciona assim: quando alguém te perguntar, você imediatamente deve responder algo extraordinário:
"Fui convidada para uma mega festa que terá ecstasy e depois uma orgia".
"Vou para uma ilha paradisíaca desconhecida, onde terá uma festa com orgia e ecstasy".
"Irei para um destino internacional luxuoso repleto de festas com orgias e ecstasy".
Por isso prefiro o Natal que, neste sentido, é mais democrático. Natal é igual para todo mundo: uma merda. Você vai à festa da família, seus parentes bebem e trocam acusações horríveis, você fica deprimida, ainda ganha uma meia e termina a noite chorando no escuro sozinha. Bem, ainda existem famílias que comemoram o Natal à moda antiga, inclusive com um tio fazendo o papel de Papai Noel, mas elas estão em extinção.
Já o Reveillon... Depois de escolher uma das três distintas opções, é preciso anunciar que você já comprou a passagem e se o seu amigo não comprou, você terá que alardear que "ele tem que correr, pois a essa altura, todos os vôos já estão lotados".
Isso sem falar na situação conjugal. Se você tem namorado desista de ter qualquer paz de espírito, pois esta época é marcada por brigas e acessos de ciúmes descontrolados. Isso ocorre principalmente se vocês estiverem na praia e você, de biquininho, atrair a atenção de algum banhista. Pergunte por aí. Todo mundo tem pelo menos uma história macabra envolvendo namorado e reveillon. Ser expulsa da casa de praia, passar o ano novo no quarto aos prantos lendo o livro do A.A. enquanto o namorado alcoólatra tem uma recaída, ser proibida pelo sujeito de ir passar o reveillon no mesmo trecho da orla são alguns dos casos relatados.
Se você não tem namorado e tem um caso, a situação pode ser ainda pior. Este assunto será um tabu e você ficará torcendo [sem a menor dignidade interior] para ele te convidar para passarem o Reveillon juntos. Quando for lá pelo dia 20 e ele anunciar que está indo para o Sri Lanka com um grupo de primas loiras e peitudas que surfam, você entrará em desespero e tentará viajar para QUALQUER lugar. Conseguirá apenas uma vaga nestas excursões que têm guia que anima o grupo com um microfone no ônibus.
Se você não tem namorado nem caso, a sua estupidez fará você viajar com um grupo de casais que, à meia-noite, vão se beijar e fazer juras de amor. E você ficará olhando para o além até que aquela cena acabe e alguém te dê um abraço. Quando você achar que o pior já passou, algum idiota vai lembrar que estamos no horário de verão e irá comemorar a data de novo uma hora da manhã. Sem falar no momento de “desejar tudo de bom” para pessoas que você acabou de conhecer. Não tenho nada contra passantes, mas desejar “tudo de bom" é de um cinismo que, sinceramente, me deixa constrangida.
Você acha que acabou? E o drama da roupa? Sempre igual: você vai fingir que não liga para isso e vai surtar na véspera, comprando um vestido de viscose brega com um cheque pré para fevereiro. Ou seja: seu arrependimento irá perdurar por um mês.
Gente, socorro! Alguém conhece alguma seita que combinou um suicídio coletivo ainda este ano? Se souberem, me avisem!
4 comentários:
Está bem, eu vou na orgia com você! uhauhauhuha
:***************
A parte da orgia é realmente muito interessante. Eu sei, vc pensou: "homens...". Se pensou, respondo: "rsrsrsrsrsrsrs". Bjos.
Cacete!!! É bem assim que acontece...hasuhaushuas. Natal em família é um sarro, saem alfinetadas de tudo que é lado, aparece coisa do fuuundo do baú. Eu só fico olhando e rindo!!!
Não farei nada nas festas desse ano, to bem sem grana e nem um pouco preocupada com isso...se tivesse uma excursão pro topo do Everest, eu ia e ficava lá, sozinha, com um livro...ahsuhasu.
Anti-social??? Sinceramente, em festas de fim de ano, isso seria uma benção...rsrsrsrs
Bjokas, querida!
2007 está acabando! Oba! rs
Postar um comentário