Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada...
Caio Fernando Abreu
7 comentários:
Sabe, gosto do sim e do não. O talvez me apavora. Incertezas são as q mais me geram angústias, o triste é q quase tudo nessa vida é incerto ou demora, ou nao depende só da gente... BENZADEUS.
Adorei esse trecho aí. Talvez tudo, talvez nada... e q seja sempre como for melhor, seja como for.
Bjos menina.
o gato ou quico?
talvez ele tenha um trecho para cada momento vivido. intenso.
:*
Talvez a vida fosse melhor se nossas escolhas não fossem tão complicadas.
Talvez não.
O amor deles era intenso e tah na cara q apenas procuravam um meio de fazer as coisas funcionarem!
Esse texto me lembrou um música do Cordel do fogo encantado (ai se sêsse)
Eu gostei do que li
^^
Esse cara é animal.
Deleitando-me aqui, querida!
Lindo blog!
Beijo,
Rô!
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