quarta-feira, 6 de maio de 2009

Caio F.

Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada...

Caio Fernando Abreu

7 comentários:

Anne disse...

Sabe, gosto do sim e do não. O talvez me apavora. Incertezas são as q mais me geram angústias, o triste é q quase tudo nessa vida é incerto ou demora, ou nao depende só da gente... BENZADEUS.

Adorei esse trecho aí. Talvez tudo, talvez nada... e q seja sempre como for melhor, seja como for.

Bjos menina.

harry disse...

o gato ou quico?

Anônimo disse...

talvez ele tenha um trecho para cada momento vivido. intenso.

:*

Eduardo Guimarães disse...

Talvez a vida fosse melhor se nossas escolhas não fossem tão complicadas.
Talvez não.

Jairo Borges disse...

O amor deles era intenso e tah na cara q apenas procuravam um meio de fazer as coisas funcionarem!

Karol Lima disse...

Esse texto me lembrou um música do Cordel do fogo encantado (ai se sêsse)



Eu gostei do que li

^^

Roberta Artiolli disse...

Esse cara é animal.

Deleitando-me aqui, querida!

Lindo blog!

Beijo,

Rô!